Dom Armando Bucciol enumera cinco princípios para evitar abusos litúrgicos.

O Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), comenta sobre a "criatividade selvagem" e a difusão de imagens de uma "liturgia show" e enumera cinco princípios que devem nortear quem preside e colabora nas celebrações litúrgicas:
1) Antes e acima de tudo, o protagonista (‘primeiro ator’) é Jesus Cristo que, no Espírito Santo, une a sua Igreja na perene louvação ao Pai, em sua entrega por amor. É Ele que deve aparecer e resplandecer, não o ‘servo’”. 2) Os ‘ministros’ são só (indignos) ‘servos’, de Cristo e da Igreja. Ninguém é ‘dono’ nesta delicada e exigente missão, que pede muitas competências e uma verdadeira ‘vida no Espírito’, isto é, oração – diálogo íntimo e eclesial com o Senhor. 3) É preciso adquirir um estilo celebrativo amadurecido, na formação teológica (‘profissional’ do ministro) e na experiência de fé, a começar pela iniciação cristã, antes, e pela vivência litúrgica nas casas de formação. A liturgia exige a compreensão do que somos e do que devemos fazer. 4) Na liturgia, não é suficiente seguir à risca as rubricas (o que é importante, mas não basta). Pede-se muito mais. Trata-se de compreender e viver ‘de dentro, o mistério pascal de Cristo, com todas as consequências que comporta, em nível pessoal e pastoral. 5) Quem preside não é um ‘ator’ (ou comediante) que deve embelezar cerimônias para entreter o seu público que, satisfeito pelo espetáculo, bate palmas e…’gostou’! Nada disso tem a ver com o que celebramos quando ‘anunciamos a morte do Senhor’!
Resumo de texto extraído da página na web http://www.cnbb.org.br/dom-armando-bucciol-enumera-cinco-principios-para-evitar-abusos-liturgicos/