Meio ambiente: 1º de agosto, Dia da Sobrecarga da Terra

A data mede, desde 1987, quanto tempo levamos para gastar os recursos naturais que a Terra produz em um ano. Ou seja, quando a humanidade termina com o estoque de recursos naturais para o ano inteiro, e ‘entra no vermelho’.
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
O dia 1º de agosto marca este ano o Dia da Sobrecarga da Terra (Overshoot Day). A data mede, desde 1987, quanto tempo levamos para gastar os recursos naturais que a Terra produz em um ano. Hoje, a humanidade termina com o estoque de recursos naturais para o ano inteiro, e ‘entra no vermelho’.
A cada ano, é mais cedo
O cálculo do Dia da Sobrecarga da Terra é feito anualmente pela Global Footprint Network (GFN), organização de pesquisa internacional que calcula a chamada “pegada ecológica” para medir os impactos do consumo humano sobre os recursos naturais. Desde 2001, esta data vem sendo antecipada, em média, três dias a cada ano.
Segundo especialistas em sustentabilidade, atualmente a humanidade precisa de 1,7 planeta para suprir os recursos que consome dos ecossistemas da Terra.
A falta de consciência ambiental é um fardo para o planeta

O desperdício de água, a construção em áreas de mananciais, o uso de carros e ônibus que usam combustíveis fósseis, o desmatamento… Tudo isso, principalmente a emissão de dióxido de carbono pelos veículos, sobrecarrega o planeta. Escassez de água, erosão do solo e as mudanças climáticas que secam rios, inundam desertos e derretem geleiras são as consequências deste problema.
Causas e consequências
Os custos desse excesso de gastos ecológicos incluem desmatamento; colapso pesqueiro; escassez de água doce; poluição; erosão do solo; perda de biodiversidade e acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. Isto causa mudanças climáticas e secas mais severas, incêndios florestais e furacões. Estas ameaças podem gerar desespero e forçar muitas pessoas a migrarem para outras cidades ou países.
“ O Brasil possui uma das maiores áreas florestadas do mundo, mas nos últimos 50 anos, os recursos florestais diminuíram 9%, enquanto os recursos de terras cultiváveis foram multiplicados por 5,5, e as pastagens mais do que dobraram ”
No Rio de Janeiro, no dia 1º de agosto, o Museu do Amanhã fará uma exibição especial de "Sob a Pata do Boi”, um documentário sobre a invasão de gado na Amazônia.