Papa: Revolução do amor começa na família.
Na pró-Catedral de Dublin, Papa ouviu testemunhos e perguntas de casais a respeito do amor e da educação dos filhos.
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
A tarde do Papa Francisco na Irlanda começou com a visita à pró-Catedral de Santa Maria, a mais importante igreja de Dublin, consagrada em 1825.
Ali, o Pontífice foi acolhido pelo arcebispo da cidade, Dom Diarmuid Martin, e por casais de noivos e de esposos.
Perguntas ousadas
De fato, o discurso bem humorado proferido por Francisco foi em resposta a perguntas que ele definiu “ousadas” de dois jovens casais, mas antes o Papa ouviu o testemunho de Vincent e Teresa, que falaram de sua experiência de 50 anos de matrimônio.
“Como é importante ouvir os idosos, os avós! Temos muito a aprender da sua experiência de vida matrimonial, sustentada dia a dia pela graça do sacramento.”
Vocação
Denis e Sinead estão prestes a se casar e questionaram o Pontífice quanto à durabilidade do amor, levando em consideração que o matrimônio não é somente uma instituição, mas uma vocação.
“Com certeza, temos de reconhecer que hoje não estamos habituados a algo que dure realmente toda a vida”, reconheceu o Papa, acrescentando que é difícil acompanhar o mundo em que tudo muda à nossa volta. As pessoas entram e saem de nossas vidas, quebrando promessas. "Mas o amor é definitivo. Como se diz, o outro é a metade da laranja. Sabemos que o casamento é um risco, mas um risco que vale a pena."
Mas sabemos que o amor é o sonho de Deus para nós. “Por favor, nunca esqueçam disso! Deus tem um sonho para nós, e pede-nos para o assumirmos. Não tenham medo deste sonho! Guardem-no e, juntos, sonhem de novo todos os dias. Assim, serão capazes de os apoiar mutuamente com esperança, com força e com o perdão, nos momentos em que o percurso se fizer árduo tornando-se difícil vislumbrar o caminho.”
Transmissão da fé
Já Stephen e Jordan são esposos recém-casados e fizeram a pergunta de como poderão os pais transmitir a fé aos filhos.
Francisco recordou que o local mais importante para se transmitir a fé é o lar, “igreja doméstica”, onde os filhos aprendem o significado da fidelidade, da honestidade e do sacrifício.